quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Delírios De Um Viajante

Vi o sol se pôr e o mundo se transformar em uma criatura estranha pronto para engoli-lo.
Foi assim que vi o sol sumir!
A partir dai, criaturas noturnas começaram a surgir e com o seu radar observavam minha presença em um lugar inóspito e belíssimo.
Virei-me para fugir dali, pois o meu medo denunciava-me, foi então que surgiu a minha frente uma enorme bola vermelha no céu.
Extasiada! Foi como fiquei ao ver uma lua tão vermelha que parecia que São Jorge acabara de matar um dragão, e o sangue que nele um dia circulava cobriu a lua branca de um carmim inesquecível.
Uivos me acordaram daquele momento magnifico, assustada fugi iluminada pelo vermelho que assim me seguia. Passei por abismos e vi rochedos maravilhosos, tudo parecia um sonho, mas ao chegar em um vilarejo, percebi que o que eu vivi era a realidade.

-Bárbara Feitoza


segunda-feira, 1 de abril de 2013

Sem Nada!

As lágrimas não caem mais, enquanto o meu coração está sendo despedaçado!
Não demonstro para mim mesma sentir dor, é verdade, eu não sinto nada, absolutamente nada;
É estranho, eu sei, acho que estou vazia ou talvez meu coração já se acostumou a ser quebrado!
Talvez seja estranho para você ver essas palavras surgirem assim com tanto sentimento de uma pessoa que não tem esses sentimentos comuns, a verdade é que não sinto vergonha de não saber o que sentir, pois no turbilhão que um dia senti hoje já não restou nem o pó amargo para me fazer lembrar e eu só sei que estou vazia e cheia dessa ideia de ser o nada.

-Bárbara Feitoza

domingo, 31 de março de 2013

Uma vida roubada

Eu estive esperando que seu ultimo suspiro pudesse ser ao meu lado, mas algo estranho em meu dia culminou em nossa separação momentânea, o que me fez enlouquecer em segundos ao saber que a vida que eu preservei se fora sem eu estar presente para me despedir.
Seu fim foi tão longe que mesmo eu fazendo parte de ti não consegui ter forças suficientes para te sentir, e isso me fez murchar como uma flor que é arrancada da planta que a deixa viver.
Então aquela solidão que eu nunca conheci aproximou-se vagarosamente e em um belo dia tomou conta de mim, e aquela que um dia sorria hoje chora em um triste fim.

-Bárbara Feitoza

terça-feira, 26 de março de 2013

Resto de vida

Começou vagarosamente pelo ar, adentrando por meus pulmões, mergulhando em meus alvéolos e fixando-se em meus eritrócitos como um monóxido de carbono, foi poluindo-me, matando-me.
Sentir-me nauseada sem saber o porquê, procurando um meio de passar essa sensação estranhamente desagradável;
Fiquei remexendo com um verme em uma carne apodrecida qualquer, desesperada para que essas mazelas sumissem rapidamente de mim.
O que eu não esperava era perceber que tudo o que me fazia mal deixava-me com o gostinho de viver, de perceber que eu não era o vazio que tanto indagava ser, mas por um instante tive nojo do ser humano vazio que fui, aquele ao qual nada era tão interessante para tirar-me da monotonia da vida.
Hoje estou agarrada ao que ainda resta de mim, esse ser humano fraco e frágil, totalmente desesperado para conseguir mais um pouquinho de vida e degusta-la como um sorvete.

-Bárbara Feitoza




segunda-feira, 25 de março de 2013

Destino macabro

Andando por entre a floresta em dia nublado, segui por entre as árvores fugindo do frio que me perseguia, de repente deparei-me com o despenhadeiro que tanto quis encontrar.
Me joguei sem hesitar, desejando do fundo do âmago uma morte rápida, sem dor, mas cai nas teias do destino, que foram feitas pela mentira ao qual não conseguir me soltar.
Envolvida como uma mosca que cai na armadilha de uma aranha, tentando me libertar desesperadamente, pois não queria esse  fim sofrido, me vi sem possibilidades de sair dali.
O maldito tempo foi passando lentamente e os fantasmas do passado começaram a me assombrar, o horror que sentia pela morte lenta me enlouqueceu;
O destino macabro ao qual tanto quis fugir me pegou em uma esquina qualquer da vida, tirando-me o prazer de uma morte sem aflição.


-Bárbara Feitoza






quinta-feira, 21 de março de 2013

Vislumbre de um dia de verão

No abismo da floresta eu me perdi;
Fui andando sem ter pressa e viajando no escuro, onde me encontrei;
Olhando para o céu eu pude ver estrelas a brilhar, mas sem poder alcança-las segui em frente adentrando nos meus sonhos loucos de poder sair e ver o mar.
Andando por entre a relva a chuva começou a cair e me molhar, me senti como uma criança boba que brincava sem se cansar!
Em fim, depois de muito lutar, consegui sair da escuridão, mas nem consigo me lembrar de como foi essa mudança gradual que me recompensou quando sai em frente ao mar, onde pude vislumbrar o horizonte e um belo pôr do sol, que fez chorar!


-Bárbara Feitoza




terça-feira, 19 de março de 2013

A dor de um coração partido!

Tentei te apagar da minha vida mas não consegui;
Desisti de viver neste mundo louco onde sua presença me sufocava;
Longe de ti meu coração ainda sofre, mas este velho sofredor já acostumou-se com a dor que sente; mas fiquei com uma indagação: porque mudaste tanto meu amor?
Longe de tudo pude ver que o que eu via já não era mais você, então eu desisti de tudo pois, esses ciclos do coração hoje já não me importam mais, tento fujir  desse fenômeno que se sucede repetidas vezes em outros corações e me persegue obsessivamente.
Já não acredito mais!

-Bárbara Feitoza