sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Estrada da vida

Pisando em falso com meus pés descalços por entre caminhos tortuosos.
Seguindo em frente apesar da dor;
Locomovendo-me lentamente pelo desconhecido, sigo fatigada pelo cansaço;
A escuridão me persegue e eu persigo a luz;
Vivo em um ciclo atemporal por entre caminhos que escolho inconscientemente.
Estou só de passagem pelas estradas da vida, que me levam de volta ao mesmo lugar;
Os caminhos que eram falsos agora são mais reais.
É tudo uma confusão.

-Bárbara Feitoza


segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Falso

Promessas não existem mais, pois foi tudo desmanchado pela falsidade.
Laços mascarados existiam escondendo a hipocrisia;
Pessoas seguiam indiferentes nos momentos em que deveriam notar.
Palavras mesquinhas e atitudes egoístas me afastaram do 'real' e me prenderam no limbo.
Lá vi figuras desfiguradas de mim vi espalhadas pelo chão.
Lágrimas escorrem por meu rosto como a chuva no céu;
E dessa confusão só os sentimentos ruins ganham algo, minha vida.


-Bárbara Feitoza


domingo, 23 de dezembro de 2012

História de terror

Já estou acostumada com as pessoas que vem e vão em minha vida;
Tudo começa como uma história qualquer de um conto de fadas, onde vejo sorrisos e a felicidade brotando como flores no jardim, mas como toda história, a minha tem o lado negro que faz as flores murcharem e morrerem.
É sempre assim.
O lado obscuro toma conta dos meus personagens e eles fogem para o mais distante que podem de mim.
Acabo ficando em um barco a deriva sem saber qual rumo prosseguir.
Abandonada em um círculo de historias diferentes que são iguais no final, pois sempre fico sentada escrevendo com a minha solidão.

- Bárbara Feitoza


sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Desordem Categórica

Tudo está empilhado e cheio do espremido!
Tudo está bagunçado na imaginação do organizado.
Nas ruas da perdição se perde o amor, a felicidade.
No desespero da ilusão só eu vejo a realidade.

-Bárbara Feitoza

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Dia a dia

Corações esmagados são soprados ao vento como se nada fossem.
Pessoas aturdias ao sol como se o negrume da noite estivesse amedrontando-as;
Desfaçatez sendo percebida pela multidão que nada vê.
Conflitos em uma terra de paz onde só vejo o rubro.
Descansando sobre a sombra de uma arvore enquanto milhares trabalham sem descanso eu percebo um pouco do que ocorre todos os dias, nessa incrível monotonia.

- Bárbara Feitoza


 

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Tela

Pinto o céu de azul, depois vou manchando-o de cinza;
Provoco o céu e ele me dá raios;
Dá a mim sua beleza, e pinto ele novamente de azul;
Misturo cores e crio efeitos, o céu já não é mais o mesmo;
Ousando eu brincar de criar, invento o esplendor das cores junto com o sol a raiar.
E pinto o céu mais uma vez com manchas brancas para enfeitar;
Novamente misturo cores em uma tela azul como o mar.


-Bárbara Feitoza




quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Imaginação elevada

Entre milhares de folhas, me perco!
Me distraio ao ver as flores sendo levadas ao vento;
Me imagino dançando ao cair da chuva;
Tenho devaneios onde o luar me põe em sublime encantamento
Mas tudo isso são meras divagações de quem está ao sol, iluminada.


-Bárbara Feitoza


quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Teatro Social

Esmagados pela mídia manipuladora e absorvendo suas mentiras como se fossem uma verdade irrefutável;
Espremidos a tal ponto que não conseguimos sair das rédeas que nos fora colocado muito antes de termos consciência!
Presos como os ratos de laboratórios;
Somos cobaias dos poderosos!
Experimentos para testar seu poder!
Perdendo assim, o direito de viver livre, perdendo o direito de ser.
Somos os alienados que aplaudem enquanto o governo nos maltrata e nos esmaga.
Somos os alienados que se alimentam só do que não é real.
Somos os iludidos que se agarram ao lixo que é jogados pela mídia.
Somos o nada, em que o governo e a mídia sentem prazer de ter para sugar nosso cérebro.


-Bárbara Feitoza







domingo, 9 de dezembro de 2012

Outro ar!

Estou à possuir assas que não tenho;
E possuo!
Me liberto e viajo por um mundo que não tenho!
Me alegro ao ver, em meu redor, borboletas acompanhando-me nessa encantadora viajem.
Elas colorem minha vida de um modo único, inigualável!
E me perco na imensidão de cores que não via.

-Bárbara Feitoza



sábado, 8 de dezembro de 2012

Naco do mundo

Alguns seres humanos veem beleza na sordidez e acham magnífico quem tem poder para pisotear nos outros.
Idolatrão quem os menospreza, quem os tem como o resto mais imundo de algo que não se pode utilizar para nada.
Mas eles não percebem, e aceitam os falsos afagos como se fossem a coisa mais preciosa que poderiam ter.
Vivem no limbo, e transformam seus devaneios em algo real.

-Bárbara Feitoza



quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Minha deixa

Gosto da escuridão, é lá onde me encontro nas muitas vezes em que me perco;
Lá no abismo escuro e soturno é onde organizo meus sentimentos descontrolados... descompensados;
Sou atraída para o lado obscuro!
É lá onde guardo meus pensamentos, meus sentimentos.
Onde tenho a impressão de estar sempre só;
De sempre vagar sozinha e não encontrar aquela pessoa que procuro muito antes de existir.

Vivo em um círculo onde os pensamentos surgem...me fazendo lembrar do que sempre me faz mal;
Os sentimentos felizes me lembram que agora só tem a tristeza percorrendo o meu coração.


-Bárbara Feitoza




segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Idólatras

Cultuamos os santos!
Idolatramos os padres;
Obedecemos os pastores;
Nos devotamos aos políticos;
Nos dedicamos aos objetos.
Idolatras é o que somos!
Não conseguimos viver sem ter no que ou em quem nos apoiar.
Necessitamos necessitar!
Porque assim seremos mais nós mesmos;
Veneramos a mídia!
Saudamos a manipulação;
Respeitamos a alienação;
Aceitamos o não conhecimento.
Adoramos!

-Bárbara Feitoza

domingo, 2 de dezembro de 2012

Mundo desfeito

Tudo começou ao cair da noite, sentimentos perversos vinheram para dilacerar os sentimentos bons e findar tudo que podia apaziguar meu ser.
Disfarçadamente tentei prosseguir, adentrando por entre as ruas que se seguiam iluminadas.
A cidade estava calma, como se soubesse da transformação que ocorrera...
O sussurro do vento nas folhas das poucas arvores que se tinha, me alarmava, me fazendo estremecer.
Nada parecia-me fora do normal e ao mesmo tempo tudo me assustava.
Não consegui acreditar que tudo estivesse bom... começava a ver a realidade sem a película que me protegia da verdade.
Ao meu redor tudo o que eu julgava ser real foi se desmanhachando, e a visão que tive era realmente horripilante.
O mundo já não era o mesmo,os objetos já não eram os mesmos, as pessoas já não eram as mesmas, eu não era a mesma.
A verdade finalmente chegou aos meus olhos, experimentei a sensação de conhecer o desconhecido.
Vivi!

-Bárbara Feitoza


sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Monstros da sociedade

Que mundo injusto!
Milhares de pessoas passam fome enquanto políticos, padres, pastores, cidadãos vivem no luxo e se apegam ao materialismo e não conseguem dividir com o próximo.
O egoismo é semeado como flores no jardim.
Pessoas más crescem em um mundo justo para elas;
Elas roubam!
Elas matam!
Elas são!
O fato é que não nos importamos com os monstros criados pela mídia;
Não nos importamos mais em termos criado os seres que nos prendem na injustiça.
Não olhamos para o lado!
Não vemos mais!
Somos monstros!

-Bárbara Feitoza


quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Antes e Depois

Tudo estava normal e ao olhar para o luar me transformei...
Ao caminhar pelas ruas, me transformei;
Ao conhecer você, me transformei.
Não era mais a mesma pessoa que existira antes, me transformei.

Fui me fazendo!
Não só por mim mesma, mas pelo que faziam de mim!
Não era eu e ainda sim eu era.
Inacabada, que se acabava todo instante e se construía no instante em que se acabava.
Tudo me fazia ser eu.

-Bárbara Feitoza



terça-feira, 20 de novembro de 2012

Equilíbrio

No equilíbrio do mundo, vozes pareciam-me trovões, passos eram para mim, bombas que destruíam toda a composição de paz e guerra que existia, não em mim, mas sim ao meu redor.
No equilíbrio do mundo, não existia monstros nem fadas, nada utópico e nada real;
No equilíbrio do mundo não se pensava no fim e muito menos no começo;
No equilíbrio do mundo as mazelas existiam para completar as agitadas mudanças que vinham da felicidade.

-Bárbara Feitoza





sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Contradição de um ser anônimo

Meu coração ainda palpita, mas não mais pelos motivos belos de outrora;
Meu coração ainda envia o sangue filtrado por meus rins às minhas veias, me mantendo viva.
Meu organismo não necessita das ilusões que me alimentavam, me iludiam.
Não tenho o mesmo corpo e nem possuo a mesma mente de antes... me transformei na ilusão dos outros.
Temida pelos mesmos que me acolheram um dia, temida pelos mesmos que me odiaram um dia.
Deixei de ser igual aos outros...deixei de ser comum...deixei de ser eu!
Sou o ser que vaga sozinho na multidão de pessoas!
Sou a excluída e a aceita... sou a contradição de um mundo que não me vê

-Bárbara Feitoza








sábado, 10 de novembro de 2012

Um olhar !

Vivemos presos à ilusões e achamos que elas são reais;
Só vemos os que nos é permitido e nos agarramos a isso sem questionar;
Paramos de pensar com a evolução e facilidades que criamos, somos tão bons em inventar tudo o que nos facilite e por fim acabamos afundando na sabedoria do não saber.
Aprendemos hoje novas coisas, mas são coisas praticas demais, simples demais e não utilizamos algo que nos foi dado e que é tão complexo que nos custa entender.
Estamos perdendo a capacidade de usar o cérebro para pensar, criticar, questionar e nem nos importamos  com nossa própria alienação.
Estamos morrendo na ignorância, e matando a sabedoria.

-Bárbara Feitoza




Eu e os outros

Não me percebo nesse mundo estranho onde vivo,
Pessoas lutam pela perfeição e para serem aceitas, enquanto eu, vou apurando minhas relações .
Enquanto tentam ser aceitas pelas massas ingenuas, eu fujo para o mais longe que puder, mas fico perto o suficiente para observa-las.
Inigualavelmente destacado do mundo e ainda sim visto como mais um.


-Bárbara Feitoza



quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Um jardim ideal.


Roçava em minha pele a relva do jardim mais belo dos jardins,
As flores que ali brotavam me encantava com sua beleza e graciosidade,
O perfume que exalavam me levava ao êxtase.
A pureza emissiva me contagiava, iluminando-me.
Borboletas de todos os tipos surgiam para imundar de doçura a minha paisagem perfeita.
Tudo inspirou-me.
Transformando meu eu em algo mais belo.


-Bárbara Feitoza


quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Superficial

Vivemos em bolhas superficiais!
Incompletos e desesperados, vivemos...
E o medo de não termos nada nos guia à algo para apaziguar nossas angústias.
Mas é tudo uma ilusão, uma mentira que acreditamos ser verdadeira.
Confiamos que as bolhas possam nos proteger, mas essa película que nos cobre e que achamos ser algo bom, nos asfixia... e ai sim, ficamos mais vulneráveis!

-Bárbara Feitoza




segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Obscurecido

Andei por entre os mortos jogados em uma terra úmida.
Os vi feder, até meus sentidos não sentirem mais;
Os vi serem corroídos pelos vermes que surgiam da terra.
Senti prazer em ver a carne putrefata em minha frente sendo dilacerada aos poucos;
A paisagem dava um toque sinistro à imagem que eu conseguia ver entre a neblina que se formava em minha frente.
Os vermes aos poucos foram libertando-se dos corpos corrompidos...
Só restando o pó.

-Bárbara Feitoza



sábado, 3 de novembro de 2012

Meu mundo de sol

O sol veio para iluminar os dias nublados em minha vida...
Assim a primavera surgiu e me encantou com suas flores belas...
O cheiro agradável do jasmim que brotavam  em meu jardim me elevou ao supremo prazer...
Encantada com a admirável paisagem que se formava nitidamente em minha frente, viajei para um mundo onde as pequenas angustias não me alcançavam mais...
E me encontrei em um caminho de felicidade.

-Bárbara Feitoza


Socorro

Grito!
Mas ninguém vem me socorrer...
O desespero só me leva a procurar ajuda
Mas esses seres que se dizem racionais, desprezam-me como se eu fosse um lixo,
um simples lixo que pode ser escanteado.
Sem sentido ou rumo eu grito por socorro!

-Bárbara Feitoza




Minha dualidade


É no vazio que me preencho!
É no nada que tenho tudo!
É não existindo que existo!

É no silêncio que me encho de palavras...
E assim vou me completando
Nessa dualidade que me forma.

-Bárbara Feitoza


terça-feira, 30 de outubro de 2012

Sonhos denegados

Projetei minhas quimeras na imensidão de outrem, onde meus devaneios conscientes conduziram meus sentimentos sublimes a uma existência que não existia, era só uma ilusão.
Meus projetos eram truncados em si, e formados por uma película delgada de uma sordidez que me consumia aos poucos.
A imundície do mundo penetrava em mim facilmente, me corroía com sua baixeza necessária para o equilíbrio do planeta.
Mas o mundo não era o mesmo, já estava manchado de sangue inocente e não adiantava escoar sua sordidez para mim.
O mundo esmagara toda minha projeção distorcida de realidade e afogou meus sonhos projetados.
O mundo me amordaçou, impedindo-me de prosseguir.

- Bárbara Feitoza

domingo, 28 de outubro de 2012

A despedida


   Tudo começou em um dia como outro qualquer, segui entre as cerejeiras em meu jardim e fui olhar o mar.
Caminhando pela praia começei a procurar pequenas conchinhas, mas não as encontrei.
Como de costume sentei e senti a brisa em meu rosto, e aquela sensação de liberdade que o mar me trazia e sempre me trouxera, decidi então escrever. Escrever era um hobby para mim, eu que não conseguia escrever textos grandes, mas meus pequenos textos realmente comoviam aqueles que os liam.É verdade que sempre ia escrever na praia, mas algo diferente ocorreu desta vez, sentimentos estranhos começaram a surgir dentro de mim, uma angustia que eu jamais sentira antes, lágrimas começaram a cair dos meus olhos e eu não entendia o porque.
   Derrepente surgiu uma pessoa  a minha frente, eu assustada recuei, mas não havia tempo, ele me agarrara e não vi mais nada, tudo se apagou.
Acordei em minha casa, mas não podia me mover, estava amordaçada e amarrada.
Vi um homem subindo as escadas, tive medo, mas nada podia fazer.
Ele me olhou, com seus olhos negros e brilhantes, senti um arrepio percorer meu corpo, e o vi seguindo em minha direção com uma feição que jamais tinha visto antes.
   Percebi um objeto reluzindo em sua mão,observei-o bem, e deduzi que era uma faca.
Senti um golpe em meu pescoço e vi meu sangue rubro manchar o assoalho, gritei...
Olhei em direção ao homem e o vi com um sorriso de prazer.
Senti tudo ao meu redor girar, então cai...
Vi uma luz, mas meus olhos estavam muito pesados, então eu os fechei...foi o fim.

-Bárbara Feitoza


sábado, 27 de outubro de 2012

Enjaulados

Pare!
Pare de refletir!
Pare de pensar!

Continue a ver o que coloco na televisão, na internet, no rádio.
Não me questione, apenas aceite.
Não leia, não se informe.
Continue sob minhas rédeas.
Gaste seu dinheiro!
Afunde-se em dividas!
Não se alimente!
Não desperte.
Viva para mim.
E eu explorarei você até sua morte!

-Bárbara Feitoza

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Meus pedaços

Morro um pouquinho todo dia, todo instante.
Nesse pouquinho eu perco meus pedacinhos que caem ao chão.
Esse chão podre que corrói, dilacera e por fim putrefa quem eu fui.
E quem sou vai sumindo, ficando transparente aos olhos de outros, mas não aos meus.
Meus pensamentos vão sumindo, se apagando e eu me esquecendo que eles existiam.
Minha própria existência já não existia mais do mesmo modo que existia.
E foi findada pelo tempo que me consumia.

-Bárbara Feitoza


Luz e trevas

Quando o sol se põe, o mundo se transforma!
Criaturas estranhas começam a surgir de repente à vagar pela escuridão.
A lua começa a despertar, e aos poucos vai iluminando o que se forma ao seu redor.
Pequenas pintinhas no céu começam a brilhar, assim surgem as estrelas e pequenos corpos celestes.
Mas as criaturas não dependem de si, precisam da escuridão total para ser.
Nuvens começam a se formar,  acusando em segredo, sorrateiramente, o que está por acontecer.
As criaturas percebem que há uma chance de ser e são, são tudo o que não podem ser quando há luz.
Tudo se transforma novamente, o que era belo já não é mais, as criaturas agora são horripilantes.
Mostraram realmente suas faces, enterraram na luz sua beleza e mostraram nas trevas um eu irreconhecível.
Aproveitaram essa oportunidade única de ser e comemoraram sua liberdade momentânea, mas aos poucos, as nuvens foram sumindo e mostrando o sol que nascia. E as criaturas foram voltando a ser o que não eram, copias iguais em um mundo que só conhecia suas máscaras.
E tudo voltou a ser uma farsa.

-Bárbara Feitoza




Palavras

Escrevo com palavras que não são minhas, mas com um sentido que é o meu.
São palavras soltas, bagunçadas e muitas vezes jogadas no vento do meu eu.
Um eu que é construído e moldado por palavras que saem da minha boca e da sua boca.
E seguirei escrevendo palavras sem um sentido próprio, sem um sentido único.
E vou moldando tudo o que vejo à palavras que escrevo em um pedaço de papel.
Amontoando tudo, caraterizando com um jeito que é só meu.

-Bárbara Feitoza


 




quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Abandono

Vaguei por entre as noites, sozinha!
Por que me deixaste aqui?
Por que?
Procurei incessantemente por você, mas não te vi.
O sofrimento bateu em minha porta e eu o deixei entrar.
Não fiquei mais sozinha.

-Bárbara Feitoza




quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Livro - A hora da estrela

Bem, achei legal esse livro, de Clarice Lispector. Uma linguagem simples e fácil de entender  assim como a personagem principal Macábeia.

Vivendo em si

Pessoas são verdadeiros monstros enjaulados em si mesmos, vivem presos esperando a hora de sair, libertar- se.
Essa espera angustiante por uma liberdade que não existe é o pivor de muitos retrocessos sobrenaturais que fazem.
Uma pura ilusão de realidade.
Uma mentira.
E ao se anteciparem aos fatos predestinados, só se machucam.
E acabam voltando para dentro de si.
Vivendo em seu próprio universo.

-Bárbara Feitoza



domingo, 21 de outubro de 2012

Construção de um nada

Comecei a existir do nada e a partir dai fui me fazendo por mim mesmo.
Construindo um eu que absorvia o que ocorria ao seu redor, aprendendo e nunca sendo o mesmo eu.
Era uma copia de outrem que sem saber que copiava a alguém ia se fazendo, transformando-se.
Me tornei só mais um ser  que não existia por si só, um ser incompleto que se completava.
Que aos poucos ia morrendo inconscientemente, até se tornar um nada consciente.

-Bárbara feitoza



Raios na escuridão.

Tudo começou no vazio que perdurava na escuridão do meu ser, dai surgiram cores que começaram a me transformar em essência única e copia de mim mesma.
O vazio não mais existiu, e tudo prosseguiu como raios de sol em dias de verão, iluminando minha escuridão.

- Bárbara Feitoza